sexta-feira, 29 de abril de 2011

Como já disse antes, esse blog é um espaço democrático. Não é somente a representação da da minha escrita, da minha expressão. É muito bom receber a participação de pessoas que de alguma forma se identificam com o que está escrito aqui e colaboram para que este espaço seja cada vez mais acessado e admirado pelas pessoas. Vou postar aqui a poesia de uma amiga que também quis colaborar com a criação dela. Espero que gostem bastante!


O sinal


Eu ando pela cidade
Paro no sinal
E vejo que estou no vermelho
Apesar de correrem para o outro lado
Cada qual na sua vida
Cada vida no seu contexto
E não percebem
Estão no vermelho
Talvez, enxerguem o amarelo
Ou só querem ver o verde, é o mais claro
E eu me deparo
Estou totalmente atordoado
Eu também quero correr
Mas, vejo o sinal piscar todas as cores,
Ao mesmo tempo
O mundo virou um só tormento
Misturaram-se as cores
As luzes se apagaram
Estamos no escuro,
À espera de um milagre
Lá no fundo está o vermelho,
O amarelo,
O verde.
Talvez, seja o sinal
Espero que não seja tarde
Quando acenderem a luz
Na escura cidade.
(Nadir Ágata)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Resolvi postar aqui muito mais do que as minhas manifestações de cunho subjetivo;
quero aproveitar para trazer conhecimentos e discussões que se referem ao conhecimento
da língua como ferramenta do saber e da instrumentalização de textos. Como eu tenho pouco
tempo disponível, essas postagens serão períodicas para que eu possa trazer um tema que foi
estudado e que seja bem aproveitado aqui. Espero que gostem da novidade e que possam aplicá-la
com mais riqueza em seu cotidiano pragmático. Independente de qual ele seja, sabemos que a língua
portuguesa é o nosso instrumento de comunicação primordial que deve ser sempre reciclado e melhorado.

Beijos e até a próxima.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Aprendi a escrever e desde então eu aprendi a arte de me expressar.
Através de canetas e papéis pude transmitir meu mundo, meus sonhos,
tristezas, alegrias, desilusões. Amores. Até aqueles
contemplativos que jamais saíram dos meus sonhos.
Pude desenhá-los conforme meu bem-querer, evadir a tristeza que
alguns deles me causaram e fazê-los tão sublimes e perfeitos.
Além disso, pude eternizá-los, guardá-los para que não se perdessem
com as outras milhares de memórias,
com as novidades que a todo tempo surgem e ocupam a
minha rotina nada rotineira.
Descobri que sou apaixonada pela vida. Sinto paixão pelo perfume que ela
exala, pelas tentações que atravessam o meu caminho, pela intensidade
febril de sentir determinadas sensações e até de sofrer, de me permitir.
Sei que apesar disso tudo, terei as palavras como conforto, como minhas companheiras,
minhas relíquias, meu ópio - razão de viver. É por isso que vivo os dias da
minha vida: por essa necessidade constante de viver o mundo da vida e
o mundo das palavras.

domingo, 17 de abril de 2011

Escrevi um poema.
Chorei quando o li.
Era tanta tristeza, tanta
mágoa que não pude
suportar que tudo aquilo
estava guardado dentro de mim.
Olhei para o passado.
Pensei que todas aquelas coisas
já estavam há muito superadas.
Mas elas estavam ali, esperando
o momento certo de explodir.
E vieram à tona, por meio de
palavras, revelando a minha
insanidade, a minha tristeza,
o meu mal-entendido com
o meu passado.
Escondi por muito tempo
tudo aquilo que deveria
resolver, ocultei acreditando
que tudo se resolveria, que tudo
passaria com a efemeridade
do tempo.
Esqueci que certos sentimentos não
se enterram, não se dissimulam,
não se resolvem por si mesmos.
Devem ser tratados como uma moléstia,
para que não nos derrubem, para que
não nos matem, para que não nos arranquem
a nossa vontade de viver.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Quero beijos torrenciais.
Sentir as explosões que
eles fazem dentro de mim,
sentir o percurso que
eles fazem no meu corpo até
se entrelaçarem dentro d'alma.
Eu quero beijos que me enlouqueçam,
que me arrepiem e que me façam
mergulhar em todas as proporções
possíveis do prazer.
Quero teus beijos mais sensuais,
roubá-los, arrancá-los até que a
exaustão nos arrebate..
Quero atravessar diante dos teus
beijos a barreira física que nos
separa, transformando-nos em um
só, fundindo a matéria,eu mergulhando
em você e você dentro de mim.

(13 de abril, dia do beijo)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Elegia dolorosa

Todo poeta guarda uma dor.
Uma dor que rasga o corpo
e invade o recanto d'alma.
Loucura
Lágrima
Tortura.
É uma dor lancinante que
rompe, rasga e sangra.
Ela não para de crescer;
pulsa e enlouquece todos os sentidos.
Como uma anaconda, comprime e
sufoca, mata aos poucos.
É pior que o veneno, que quando
inoculado sua dose é fatal.
A dor da alma é uma ferida
que nunca sara; espalha-se,
irradia-se e corrói.
O poeta em tão grande sofrimento,
sublima em palavras
este cruel sentimento.