quinta-feira, 7 de abril de 2011

Elegia dolorosa

Todo poeta guarda uma dor.
Uma dor que rasga o corpo
e invade o recanto d'alma.
Loucura
Lágrima
Tortura.
É uma dor lancinante que
rompe, rasga e sangra.
Ela não para de crescer;
pulsa e enlouquece todos os sentidos.
Como uma anaconda, comprime e
sufoca, mata aos poucos.
É pior que o veneno, que quando
inoculado sua dose é fatal.
A dor da alma é uma ferida
que nunca sara; espalha-se,
irradia-se e corrói.
O poeta em tão grande sofrimento,
sublima em palavras
este cruel sentimento.

3 comentários:

  1. Bonito isso, Ju!
    Embora haja poemas de outros assuntos, em geral, é relacionado com uma grande dor ou dores que o poeta, como você diz, sofreu.
    Muito bom mesmo!

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  2. Fico feliz por apreciar a minha poesia. Sou uma mera iniciante nessa arte e é bom ver alguém que gosta daquilo que vc está produzindo. Eu me sinto lisonjeada. Obrigada ;)

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  3. Que bonita a poesia Ju. Não sei prq, mas acho que o poeta vive mais em dor do que em muitas alegrias.rs Acho que a dor de quem escreve é uma dor diferente, talvez seja mesmo aquela dor que parece ser uma loucura que a gente tanto lê em Camões. Acho que o tempo passa e algumas dores são as mesmas , outras são mais cruéis, mas quem escreve nunca para de ver o que está ao seu redor e sofre, mas ao menos tem o conforto de transpor a sua dor ao papel como um suspiro, tranformando em arte.Bjo, Ju.

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