segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Por um mundo melhor






Há imagens que não necessitam de muitas palavras para que o seu sentido seja expresso; ele se dá através da reflexão dos valores corretos, com os valores de cada indivíduo e os valores do mundo.

domingo, 24 de outubro de 2010

Canto à Niterói

Ó cidade linda,
contornada pela Baía de Guanabara,
tu és a moldura que figura
a real beleza da cidade do Rio de Janeiro.
Teus ares urbanos tornam-se ternos
nesta simbiose bucólica.
Tu és sempre jovem, pois no mar
vais despojar o teu mal e renovar
a fonte da tua juventude.
Teus fins de tarde são sempre inesquecíveis
quando eu fico a contemplar
o céu alaranjado a beijar
o céu que nasce argenteado.
Meu coração enternecido em tanta
beleza, sente-se comovido a
cantar todos os elementos que me
fazem viver neste estado de total contemplação.

sábado, 23 de outubro de 2010



("... Nosso estado que não é nação..." - Renato Russo)

Essa frase é muito pertinente e faz refletir sobre várias questões do nosso cotidiano. Aqui vai ficar uma manifestação de inquietação e ao mesmo tempo um espaço de reflexão.
A França viveu momentos caóticos nos últimos dias, porque a nação não aceitou uma imposição que os administradores do estado determinaram para as suas vidas. Mais do que nunca pudemos perceber que aqui ou em qualquer lugar do mundo, os governantes estão a serviço dos detentores do dinheiro.
O que diferencia a questão de estado e nação, é justamente ter um povo que se manifesta diante das situações de injustiça, um povo consciente de seu papel no mundo.
Infelizmente, aqui no Brasil vivemos num estado que desconhece qualquer ideia de nação. Assistimos as imposições, a corrupção, a impunidade e continuamos sentados em nossa poltrona, estáticos, inertes. Queremos soluções, mas não queremos lutar. Daqui a uma semana mais uma vez vamos escolher quem será o administrador deste espaço, e muitas vezes muitos vão com as mentes vazias do que é o verdadeiro intento deste momento.
Diante da gravidade desta questão, não sejamos somentes indivíduos que coexistem em um mesmo espaço e que falamos a mesma língua. Sejamos responsáveis pelo nosso destino, não se ajoelhando diante dessa 'pornopolítica' e conscientes da nossa responsabilidade como cidadãos que amam a terra que nos deu a vida.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A impunidade é a corrupção dos valores, totalmente despojada sem nenhum medo de se mostrar. É a obscenidade moral que a cada dia mais seduz e corrompe a nossa sociedade.

domingo, 17 de outubro de 2010

A paixão ajuda a neutralizar a dor



Cientistas da Universidade de Stanford pesquisam há cerca de 30 anos sobre os efeitos da paixão no organismo humano e concluíram que senti-la faz produzir uma substância no cérebro que é um potente analgésico.
O teste proposto foi que um grupo de estudantes olhasse fotografias de seus namorados/namoradas e que outro grupo olhasse fotos de pessoas que achavam atraentes. Na outra mão, eles seguravam um aparelho que soltava algumas descargas dolorosas. Foi comprovado que os apaixonados sentiam menos impulsos dolorosos, e alguns até neutralizar quase por completo a sensação dolorosa. A substância responsável pelo acontecimento deste fenômeno é a dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de alegria e felicidade. Os estudos comprovaram que aqueles que pensam no parceiro durante um bom número de horas durante o dia, conseguem triplicar a sensação de analgesia em relação ao outro grupo.
Depois desta pesquisa não há dúvidas de que o amor continua sendo a solução para os males da alma e do corpo. Vamos amar mais e sofrer menos!

sábado, 16 de outubro de 2010

Homenagem a Álvaro de Campos - Aniversário




(Uma homenagem a Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Álvaro de Campos foi o que deixou mais obras publicadas dentre todos os outros. A temática deste é voltada para questões existenciais, do eu, do conflito dentro de si. Vale a pena ler e conhecer um pouco mais.)


No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui —- ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui…
A que distância!…
(Nem o acho…)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes…
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio…

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos…
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim…
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui…
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça,
com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado—-,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos…

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!…

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!…

Álvaro de Campos [15-10-1929]

Última tirinha de Charles Schulz



O objetivo deste post foi fazer relembrar bons momentos. Momentos em que o capitalismo já atuava no mercado, mas que as produções não eram feitas de acordo com a conveniência do dinheiro, e sim pelo prazer artístico. Eram desenhos com conteúdo. Eles nos faziam refletir sobre as nossas questões e o nosso papel diante do mundo.
É decepcionante ver o mundo perdendo o foco do bom por uma mega produção visual mas
que não traz nada de sensitivo para a nossa alma. Sinceramente, eu fico muito triste
pela geração atual não ter desenhos bons como os de antigamente e ter de engolir essas
ideias cheia de vazio e violência propostas no que deveria ser o lúdico.

Peanuts - 60 anos.





A turma mais animada do cartoon mundial completou 60 anos este mês e isso não pode passar em branco.
A primeira publicação dos Peanuts aconteceu no dia 02 de outubro de 1950. O Snoopy apareceu dois dias depois. Ele deveria se chamar Sniff, mas já havia outra tirinha de quadrinhos que utilizava esse nome e então foi batizado de Snoopy.
Durante dois anos, Snoopy agiu como um cão convencional; não falava e andava sobre quatro patas. No dia 19 de outubro de 1952, seus pensamentos foram verbalizados pela primeira vez através de balões e começou a interagir com os personagens. A partir deste desenvolvimento, foram criados outros personagens tornando-o um cão multifacetado; em alguns momentos aparecia como um piloto da Primeira Guerra Mundial que combatia com seu arquinimigo Manfred von Richtofen, o Barão Vermelho(que aparece indiretamente representado pelas balas que atingem sua casa), aparece de vez em quando também como Joe Cool quando utiliza óculos de sol e se encosta na parede sem fazer nada. Além destes dois, ele é o shorstop da equipe de baseball de Charlie Brown, seu dono. Aparece em outros momentos como 'Flasbeagle', o 'Vulture' e o 'Legionário estrangeiro'.
O melhor amigo do Snoopy é o passarinho Woodstock, que somente fala através de marcas de apóstrofe. Ele também possui um outro inimigo invisível, o 'Gato estúpido da casa ao lado'.
Snoopy odeia doces de coco e bolachas, é claustrofóbico e tem medo de pedaços de gelo que balançam a sua casa, que por dentro é muito maior do que aparenta externamente. O cãozinho também é bilíngue, pois compreende um pouco de francês. A sua comida de cão chama-se 'para cães que voaram na Primeira Guerra Mundial e compreendem um pouco de francês'.
O sucesso da tirinha resultou na criação da série de TV de Snoopy.


Personagens dos Peanuts: Charlie Brown: Protagonista principal e dono do Snoopy.

Snoopy: o cachorro do Charlie Brown, um beagle muito estiloso e cheio de ideias.

Linus: melhor amigo de Charlie Brown que possui um cobertor azul do qual não se separa e acredita na Grande Abóbora.

Patty Pimentinha: menina moleque, que alimenta um grande amor por Charlie Brown.

Lucy: irmã mais velha de Linus, que adora implicar com Charlie Brown e é apaixonada por Schroeder.

Schroeder: pianista que vive a maior parte do tempo a tocar seu instrumento.

Sally: irmã mais nova de Charlie Brown que é apaixonada por Linus.

Woodstock: passarinho amarelo amigo do Snoopy.


Charles Schulz morre aos 77 anos nos EUA, em 12 de fevereiro de 2000. A última tirinha que ele escreveu foi no dia 03 de janeiro de 2000. Com a morte do autor, foram interrompidas as produções, ficando para nós um vasto acervo de 50 anos de produção.

domingo, 10 de outubro de 2010

Uma boa dica




Le huitième jour (O oitavo dia) é um filme belga de 1996 que retrata a vida de Harry, um workalic que perdeu a confiança de suas filhas. Um dia, desesperado após esquecê-las na estação de trem, sai dirigindo na noite chuvosa e atropela um cão na estrada. Ao descer do carro, encontra com Georges, dono do cão e portador de síndrome de Down. Desesperado pelo que fez, pergunta como pode ajudá-lo, e Georges diz que está em busca de sua mãe. A partir daquele dia, nunca mais sua vida será a mesma. Eles viverão grandes experiências juntos e Harry se despirá do pragmatismo,do preconceito, da tristeza e descobrirá um jeito doce e encantador de viver a vida. Um filme emocionante.

Os dois atores ganharam o prêmio de melhor ator do Festival de Cannes de 1996. (Georges: Pascal Duquernne); (Harry: Daniel Auteuil) - Vale a pena ver!

sábado, 9 de outubro de 2010

O propósito deste embate não é causar polêmica, defender um lado e criticar outro, mas sim nos fazer refletir nas atitudes que determinados grupos vêm manifestando de um certo tempo pra cá. Pela cidade do Rio de Janeiro, é possível ver em alguns outdoors a manifestação de um religioso contra o homossexualismo. A crítica que vai ser aqui exposta, visa mostrar que realmente o ser humano tem direito de não ser favorável a tudo o que acontece no mundo, mas que expor sua opinião sem agredir e ofender é uma maneira de nos relacionarmos como bons cidadãos.
O homossexualismo ganhou um grande impulso na sociedade dos nossos dias. Os homossexuais que antes se escondiam atrás do preconceito e não queriam se mostrar, despiram-se de seus estigmas e colocaram a cara a tapa. Resolveram assumir o que realmente são. Com este fenônemo, começou um largo embate entre ciência, política, educação e sociedade em torno do assunto. A psicologia, a medicina e os cientistas procuram achar traços na genética que explique o fenônemo que faz o ser humano se sentir atraído por uma pessoa do mesmo sexo. Há quem diga que é uma questão de carma, de outras vidas. Essas potenciais discussões acirraram as manifesntações por parte do grupo em defesa de seus direitos, que por conseguência vem gerando uma falta de entendimento com alguns grupos religiosos.
Os religiosos negam o homossexualismo por estar escrito na bíblia a condenação de tal prática. Diante de tudo isso podemos refletir de maneira positiva sobre esse assunto pois vivemos numa sociedade democrática que nos permite ser a favor ou não de uma determinada corrente ou grupo. Não concordar com esta ou aquela ideia não nos dá o direito de agirmos de maneira excessiva e disseminando a homofobia. Creio que a religião como um meio influente na sociedade deveria defender a sua crença de maneira que não ofendesse ninguém. Mostrar o pensamento de maneira fraterna e que não crie uma verdadeira guerra entre dois pólos. O mundo não precisa de mais conflitos. O mundo precisa de indivíduos sensíveis que saibam se manifestar de maneira amigável e onde cada um possa defender suas ideologias de maneira harmoniosa, sem ofensas.